quinta-feira, 5 de novembro de 2009

A ÁGUA




O caminho da água

As chuvas são a principal fonte geradora de água doce na Terra. Depois de estudo das formas de acumulação de água na superfície terrestre, da infiltração nos solos, e da evaporação, pudemos observar que a água percorre diferentes caminhos.
Do total de água doce que cai sobre o planeta, a maior parte (64%) transforma-se novamente em vapor de água voltando á atmosfera através do solo (evaporação) e das plantas (transpiração). 25 % escoam sobre a superfície terrestre, dos quais grande parte (15 %) se infiltra na terra e vai alimentar as reservas subterrâneas. Apenas 11% escoam e chegam diretamente aos rios (veja o esquema abaixo).




Dentro do solo a água também circula, formando lençóis de infiltração. Onde a natureza das rochas permite, as águas afloram na superfície e formam fontes.
As fontes podem dar origem a rios ou lagos. Veja como tudo está encadeado. Por isso falamos em ciclo da água na natureza.




CLARA ÁGUA, CARA ÁGUA



  • ¾ da superfície do globo são oceanos e mares;

  • vista de longe, a Terra é pura água. Mais não é água pura;

  • 30% da população do planeta, já sofrem com a escassez. EX: Países africanos e do Oriente Médio sofrem secas permanentes. Mais a situação também é complicada em outros lugares: México, Hungria, Índia, China, Tailândia e nos Estados Unidos.

  • Tanto que uma revista econômica de renome da Inglaterra (THE ECONOMIST), afirmou que a água é uma mercadoria como a madeira e o petróleo, alertando também uma provável elevação no seu custo;

    Um leitor desinformado se espantaria: “Como pode custar mais caro um líquido que nós vemos todos os dias”?
    Acontece que 97% da água do planeta é SALGADA, não servindo nem para uso industrial;
    2% das águas mais puras da natureza estão nas calotas polares e nas geleiras em locais muito FRIOS e DISTANTES da população mundial.
    Lençóis subterrâneos, lagos, rios e a atmosfera guardam o 1 % restante. E é só este que está disponível para o nosso consumo.

    Este fato fica bem mais alarmante, ao saber que nos vinte últimos anos, somaram-se 1,8 MILHÕES de novas bocas e que este nível aumenta cada dia mais.
    90% deste crescimento populacional deverá se concentrar nas cidades.
    Para abastecer as cidades será preciso desviar metade da água que ia para a lavoura (IRRIGAÇÃO).
    Deste modo com o valor mais alto, quem desperdiçar água poderá até mesmo ser punido pela legislação.


    ÁGUA NO BRASIL

    Apesar de concentrar grande parte da água potável do mundo.
    40% é desperdiçado só nas redes públicas!!!

    Na grande São Paulo periodicamente falta água, apesar de receber varias chuvas e possuir vários rios.

    Na região norte, as reservas estão recebendo agrotóxicos, mercúrio dos garimpos.
    Alias, 63% dos 12000 depósitos de Lixo no Brasil estão em rios, lagos ou restingas.

    No Nordeste 17 milhões de sertanejos sofrem com a falta de água e a seca. Porém só agora que os brasileiros viram a importância da reciclagem da água, principalmente as indústrias. Isso que só aconteceu depois que empresas da iniciativa privada conseguiram boa economia de custo com a reciclagem da água utilizada.
    A Primeira a realizar este tipo de reciclagem foi uma industria de Londrina que fabrica café solúvel.


FRASE:


"A civilização sempre dependeu da água. Agora é o inverso: a água é que dependerá do nosso grau de civilização". Ricardo Arnt



ÁSIA ÁRIDA




Ásia Árida




Introdução:
Os desertos cobrem cerca de 31 milhões de km2 da superfície terrestre. a maior parte dessa área está compreendida na região do Saara e cerca de 2,6 milhões de km2 se acham no deserto do centro da Austrália, que é menos conhecido, porém maior que o deserto arábico.
Nos desertos quentes do tipo saariano, entre os quais se inclui o australiano, a temperatura durante o dia pode chegar a mais de 49ºC no verão (57ºC no deserto de Darakil, na Etiópia); as noites, por outro lado, são frias ou quase geladas. Nas zonas temperadas da Terra, de espaço a espaço ocorrem grandes áreas desérticas. Entre esses desertos estão o de Atacama, no litoral chileno, o do sudoeste norte-americano e sobretudo o de Gobi, no norte da China. Todos os desertos são grandes áreas de areia (dunas) ou rochas (planaltos) sem irrigação. A maior parte da água pluvial que ocorre nessas regiões é absorvida pela areia ou se evapora sob a ação de ventos secos. somente nas franjas externas dos desertos se encontra alguma vegetação esparsa. Essa flora abrange plantas cujas raízes permanentes se cobrem de brotos depois de cada chuva e de cactos que armazenam água em seus ramos grossos e espinhosos. Essa vegetação oferece suprimento de água minguado e incerto para a fauna desértica. Os animais estão protegidos contra a perda de água por sua pele sem poros (é o caso de artrópodes e répteis) ou pela ausência de glândulas sudoríparas (como ocorre com os esquilos terrestres da África). A maior parte desses animais (com exceção das aves migratórias) se refugia do calor e do frio enterrando-se na areia. Um metro abaixo da superfície, a temperatura é de 20ºC, não importa se a da superfície é de 60º ou 30ºC. Os roedores só deixam suas tocas no princípio da noite e voltam quando a noite está fria. nos desertos temperados alguns animais têm hábitos noturnos no verão e diurnos no inverno. Grandes mamíferos não existem ou são muitos raros: algumas gazelas e antílopes, além do camelo, com sua temperatura corporal variável e seu dom de armazenar água.
Características gerais – Os desertos possuem índices pluviométricos baixíssimos: menos de 100 mm de chuva anuais nas porções hiperáridas, menos de 250 mm nas partes áridas e entre 250 mm e 500 mm nas regiões semi-áridas. A grande maioria dos desertos do mundo é quente, mas existem também alguns desertos frios. Podem ser de dunas de areia, como o Takli Makan, no norte da China; de montanhas rochosas, como Gobi, situado entre a Mongólia e o nordeste da China; ou mistos, formados por uma combinação de dunas e montanhas. São poucas as espécies animais e vegetais adaptadas à escassez de água. Entre os animais destacam-se alguns mamíferos – como o camelo –, répteis e aracnídeos. Os tipos de vegetação mais freqüentes nas áreas desérticas são as estepes e a caatinga.

Desertos frios – Apresentam temperatura média anual inferior a 18°C. Resultam dos mesmos fatores que originam os desertos quentes, mas são frios porque se localizam em regiões de média latitude (entre 40°C e 60°C). A aridez da Patagônia (sul da Argentina) e do deserto de Gobi, por exemplo, decorre da existência de cordilheiras. No caso de Gobi, a continentalidade, ou seja, a distância dos oceanos, também contribui para a falta de chuva.



CONTINENTE ASIÁTICO

INFLUÊNCIA DA CORDILHEIRA NA FORMAÇÃO DO DESERTO DE GOBI

Imagem de satélite do deserto de Gobi

ÁSIA DAS MONÇÕES

Aula para o 1º ano do Curso de Formação de Docentes - Colégio Estadual Santos Dumont
São Tomé - Pr Aula de Geografia





ÁSIA DAS MONÇÕES:


O sul e o sudeste da Ásia recebem o nome de Ásia de Monções. Onde reúne países localizados ao sul da china em uma área cortada pela linha do Equador e pelo Trópico de Câncer; é banhada pelos Oceanos Índico e Pacífico, além do Mar da China e outros menores em meio à Indonésia.

QUADRO NATURAL

No relevo dessa região encontramos ao norte um importante dobramento o terciário com elevadas altitudes, até mesmo ultrapassando os 8.000 metros: a Cordilheira do Himalaia. Encontramos também planícies aluviais, que acompanham cursos de rios. Geralmente, essas planícies são locais de elevada densidade demográfica e intenso aproveitamento do solo para o cultivo do arroz. Acompanham alguns dos mais importantes rios dessa região, como o Indo, o Ganges, o Bramaputra e o Mekong. Rios estes que nascem na Cordilheira do Himalaia ou no planalto do Tibete (China); até desaguar nos Oceanos Índico e Pacífico.
É nessa área que encontramos o Clima de Monções, ou seja, clima fortemente influenciado por um vento periódico: o vento de monções. Observe como ocorre:


Monções de Verão: ventos muito úmidos que sopram do Oceano Índico em direção ao continente asiático. Nesse período do ano formam-se centros de baixas pressão no interior da Ásia que atraem esses ventos provenientes das altas pressões no oceano, ocasionando fortes e prolongadas chuvas nas regiões litorâneas e vales de rios, acompanhadas de gravíssimas inundações. Em Bangladesh, com altitudes muito reduzidas, essas inundações fazem milhares de vítima e provocam grandes prejuízos.
Monções de inverno: apresentam o comportamento oposto com ventos secos que se dirigem do interior da Ásia para o Oceano Índico. Nessa estação do ano há uma inversão nos centros de alta e baixa pressão conforme descrito acima provocando um período de estiagem.

POBREZA NO MUNDO

Os formigueiros humanos na Ásia

Após a segunda guerra mundial, o continente asiático sofreu um “Bum” de crescimento, que depois de 45 anos sua população pulou de 1 bilhão para 2,2 bilhões, agravando o problema: com alta densidade demográfica diminui-se as áreas agricultáveis (terras férteis).
Divisão demográfica:
- escassez de população: no centro do continente onde encontramos hora sistemas montanhosos, hora planaltos desérticos, como (Himalaia, planalto da Mongólia, montanhas do Tibete, etc...)
- áreas densamente povoadas: ao sul e a leste em especial nas ilhas do Índico e do Pacífico.
Outro grave problema ocorre no verão quando o derretimento da neve das cordilheiras e as chuvas torrenciais, inundam as várzeas. Por isso que a base produtiva é fundamentada no arroz.
A urbanização e a industrialização acabaram limitadas por essa estrutura de produção agrícola baseada no trabalho intensivo em regime sazonal.
Hoje na Ásia oriental, o crescimento econômico do Japão, ou seja, a dinamização da economia dos pequenos Dragões orientais (Tailândia, Malásia, Indonésia e Filipinas.
Com isso, o crescimento industrial toma pouco a pouco o lugar das velhas plantations, desenvolvendo a economia e as exportações.
Na agricultura há cada vez mais uma enorme mecanização e consequentimente a diversificação.
As taxas de natalidade começaram a retroceder, derrubando o crescimento vegetativo.
Apesar de ainda sobrar imensos balões de pobreza (nas áreas de alta densidade ex; Ilha de Java), o nível da população melhorou bastante.
Na China a mecanização agrícola, junto com a queda do crescimento vegetativo propiciado por investimentos elevados na saúde pública, saneamento e educação; registrou uma incidência menor no índice de pobreza.
A tragédia africana

Na Ásia, a população em situação de pobreza pode ser encontrada na maioria das vezes em terras úmidas e quentes, ou seja, superpovoadas onde há o cultivo ancestral do arroz.
Já na África subsaariana os bolsões de pobreza localizam-se desde terras semi-áridas do Sahel até as terras tropicais e equatoriais do centro e do leste do continente, em regiões de povoamento escasso ou mediano.
Na Ásia, a pobreza é resultado de um sistema fechado e consumo rural baseado no superpovoamento das terras cultiváveis, entretanto na áfrica subsaariana, ao contrário, a pobreza deriva da ruptura do sistema de produção e consumo tradicionais.
A pobreza africana está intrinsecamente ligada ao sistema de colonialismo, isto é, desde o final do século XIX que predomina a ocupação das maiores terras para o cultivo de produtos tropicais de exportação em sistema de plantations relacionada a economia ancestral tribal. Que ao em vez de produzirem para o seu autoconsumo, produzem: cacau, amendoim, café ou algodão, para o consumo de países desenvolvidos.
As crises de fome
A crise aguda de fome africana está associada a fatores climáticos ou a políticas mal sucedidas. Porém existem por trás disso tudo, outros fatores relevantes como: estações secas prolongadas, guerras civis ou conflitos separatistas, rompem o frágil equilíbrio da pobreza.
No caso da Ásia meridional e ocidental e a America Latina já deixaram para trás as altas taxas de natalidade e consequentimente, o crescimento vegetativo.